Tatsuya Takano chegou ao Brasil em 1960 e, como boa parte da colônia japonesa radicada no país, começou a vida na lavoura. Quase duas décadas depois, em 1978, decidiu inaugurar um restaurante dedicado à culinária de sua terra natal, até então desconhecida na região. 

Para ajudar a gerenciá-lo, ele escalou o caçula de seus seis filhos, Hiroya. Dois anos entre facas, panelas e fogões foram suficientes para que o herdeiro aprendesse o ofício e se tornasse o chef responsável pelo sucesso da casa. 

O trabalho à frente do endereço, invicto desde a primeira edição de VEJA MANAUS "Comer & Beber", tem início bem cedo, quando Hiroya percorre os principais mercados da capital à procura dos legumes e verduras mais frescos. Seu olhar atento também busca bons exemplares dos peixes da região, empregados em receitas como o tucunaré tataki, que vem em cubos, temperado com gengibre, alho, cebolinha e shoyu e coroado com ovas de peixe-voador. Outros tipos de pescado, os do mar, chegam em remessas semanais de São Paulo. Olhete, anchova negra, atum, salmão e robalo são o ponto de partida para o combinado que reúne sashimi, tempurá, peixe grelhado, tofu, raiz de bardana, legumes cozidos, arroz e missoshiru. Dos pratos tradicionais da especialidade, é bastante requisitado o udon, preparado com carnes suína e de frango, camarão, lula, legumes e ovos. Doses de saquê, entre elas a do nacional Azuma Kirin e a do japonês Sawanotsuru, completam a refeição.